Dia do controle da poluição por agrotóxicos – 11 de janeiro
A data foi criada para conscientização da população quanto aos riscos causados pelo uso indiscriminado e os problemas causados ao meio ambiente e à saúde humana.
Foram 439 novos agrotóxicos, dentre os quais 34% são proibidos na União Europeia.
O Instituto Butantan realizou uma recente pesquisa com dez agrotóxicos amplamente usados no Brasil e revelou que os pesticidas são extremamente tóxicos ao meio ambiente e à vida. Independente da concentração, mesmo em dosagens equivalentes a até um trigésimo do recomendado pela Anvisa.
O tipo de agrotóxico mais utilizado no Brasil e no mundo é o glifosato. Foram comercializadas 173 mil toneladas só em 2017 no país. Aplicadas, principalmente, em plantações de soja, milho, café, arroz, banana, maçã e mamão.
Em março de 2015, a Agência Internacional para Pesquisas em Câncer, da ONU, classificou o glifosato como “provável carcinogênico para humanos”.
Agricultores e moradores de comunidades rurais são os principais impactados pela intoxicação. Mas mesmo nas grandes metrópoles também somos afetados ao ingerirmos água, frutas, verduras e até mesmo produtos industrializados.
O perigo vai além
Os agrotóxicos são produtos químicos agressivos que alteram a composição da flora e da fauna. E tem como objetivo evitar que doenças, insetos ou plantas daninhas prejudiquem as plantações e suas respectivas produções.
Essas substâncias, no entanto, não se mantêm apenas nos alimentos, mas, também, contaminam nossos solos, lençóis freáticos e nossas águas.
Segundo levantamento da Anvisa, os alimentos mais afetados pelo uso de agrotóxicos são: pimentão, uva, pepino, morango, couve, abacaxi, mamão, alface, tomate, beterraba e a lista não para aí.
Elimine os agrotóxicos da sua mesa
O uso de agrotóxicos passou a ser disseminado pós II Guerra Mundial, com o amplo crescimento da agricultura industrial.
Para aumentar a produção agrícola, substituiu-se a mão-de-obra humana pela mecanizada, implantou-se sementes geneticamente modificadas e passou-se a utilizar adubos químicos e venenos para contenção de pragas.
Em contrapartida, colocou-se em xeque os impactos sociais, as consequências para o meio ambiente e para a saúde das pessoas. E hoje pagamos caro por isso.
A Campanha Chega de Agrotóxicos reuniu 7 motivos para você banir os agrotóxicos da sua alimentação e assinar pela aprovação da Política Nacional de Redução de Agrotóxicos:
- São a causa de diversos problemas de saúde, e a exposição a longo prazo pode causar doenças crônicas como o câncer;
- Atingem diretamente os camponeses e camponesas que produzem nossa comida;
- Contaminam os cursos d’água, reservatórios e aquíferos;
- Matam a vida do solo e provocam a ‘espiral química’, isto é: quanto mais agrotóxico se usa, mais agrotóxico é necessário usar;
- Ameaçam diretamente a soberania alimentar, tornando nossa agricultura dependente das empresas transnacionais que dominam este mercado;
- Só em 2015, as empresas faturaram R$32 bilhões com a venda de agrotóxicos, enquanto o Brasil investiu apenas R$3,8 bilhões em alimentação escolar;
- A ONU afirmou que os agrotóxicos são responsáveis por 200 mil mortes por intoxicação aguda a cada ano, e aponta que mais de 90% das mortes ocorreram em países em desenvolvimento. Além disso, coloca como mito a ideia de que pesticidas são vitais para garantir a segurança alimentar.
Não existe quantidade segura para o uso de agrotóxicos. Qualquer quantidade já gera impacto em nós e no meio ambiente. E as futuras gerações serão cada vez mais afetadas, caso o caminho não mude.
Fonte: https://blog.positiva.eco.br/
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